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Unidade, unidade, unidade Celso Alvarez Cáccamo
Precisamente: Por que no castelhano/espanhol sim, e no galego/português não? Por que não praticam todos os defensores e defensoras da unidade linguística galego-portuguesa o que defendem? Por que é tão distinto o galego do argentino, ou do neo-zelandês, ou do quebequense, ou do valenciano, ou de tantas outras variedades que compartilham uma norma culta com outras variedades da língua comum? Que tem de especial o galego? Que têm de especial os galegos para não poderem aprender e praticar a sua língua, a segunda língua da România? "Por qué o castelán pode ser nacional e internacional e o galego non?" (Camilo Nogueira, "Infinita variedade"). Precisamente: Que se interpõe, na Galiza, entre o desejo e a realidade da língua comum, entre a ideologia e a prática da língua comum, na sua ampla variedade? E por que isto se interpõe só para algumas pessoas? Por que um galego não pode ser simultaneamente nacional e internacional na sua língua galega, portuguesa, como um castelhano é simultaneamente nacional e internacional na sua língua castelhana, espanhola? Por que o galego-português não pode desfrutar da "diversidade como virtude, sen necesidade de gramáticas diverxentes, nen siquer de ortografías diferenciadas"? (Camilo Nogueira, "Infinita variedade"). Precisamente: Por que centenas de pessoas que defendemos a unidade da segunda língua da România já escrevemos como escrevemos, enquanto outras pessoas que dizem cousas muito semelhantes não? Até quando, até onde, deveremos ocupar-nos em decifrar a contradição? Até quando, até onde, deveremos continuar sem o valioso apoio e exemplo de algumas pessoas para o projecto da língua comum para a Galiza? Até quando vamos manter sequestrado o projecto da unidade, enquanto a língua de España cresce casa adentro? |
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