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Bilinguismo Matrix Celso Alvarez Cáccamo
O problema do lema, com tipografia de Matrix, é que é Matrix:
ATRÉVETE A Misteriosa aparição de letras, propaganda subliminal, rostos de Bélmez. Psicofonia Matrix. Na Galiza galeguizar-se na escrita (o mundo real) reside em quatro letras e um acento. E portuguesizar-se, esse excesso, consistiria em cinco letras, um hífen e dous acentos. Nunca tão poucos traços significaram tanto e tão pouco. Significam a verdadeira identidade falsa de Galicia, não a falsa identidade verdadeira da Galiza, essa forma exacta de dizer Galicia mas escrever Galiza. A MESA POrLA NORMALIZACIÓN LINGÜÍSTICA sabe que dentro de uma pessoa espanhol-falante habita uma pessoa galega onde habita uma espanhola onde habita uma galega que é uma infinita boneca russa, de letras de quita y pon. Tal é o portento do Bilinguismo Matrix, fruto não de nós, os corpos conectados à mákina, mas da História, que somos nós, a mákina. Não culpo a MNL. A última hora, a sua é só uma pequena campanha propagandística dentro da outra. Galicia leva dentro Matrix como uma España. Mental, quer dizer, real, como a inexistência. Como La Muerte Misma. Quem isto escreve está a ser escrito polas letras. Não me atrevo a descobrir a minha falsa identidade. Acredito ser um à e ao pior sou um Ñ. Ou ñao- digooo não, que desliz de til. |
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