Da biolinguística à ecolinguística:
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O sesgo da biolinguística A metáfora da língua como vida tem já fincado profundamente as suas raízes na imaginação colectiva e nos vários discursos (técnicos, científicos, divulgadores) que organizam a relação simbólica do sujeito com o entorno. Comumente, imaginam-se as línguas como organismos que nascem, vivem, reproduzem-se, sofrem decadência e morrem, mas nesta personificação narrativa do objecto objectualiza-se o sujeito, des-agentiza-se o agente humano e eco-social produtor dessa língua. Noções como «conflito linguístico» ou «conflito entre línguas» mascaram o hercúleo esforço histórico das pessoas e dos grupos por administrarem o entorno e a eles mesmos com os recursos de transformação material e simbólica que possuem: a fala, o sacho, a agulha que tece o pano das relações humanas, o fio da palavra, a fouce e o martelo, o ordenador com o que medeio entre a minha singularidade e o entorno: o ordenador que me transforma. Nesta mesma personificação da língua, quando se salienta que «morre uma língua» omite-se em geral que morre uma última pessoa, uma subjectividade irrepetível cujo papel historicamente inapelável consistia em se abordar a si própria em relação eco-sistémica com os outros. Finalmente, numa projecção metonímica, nos discursos hegemónicos de todos os colectivos cujas elites os dirigem a constituir-se em estado (a forma burocratizada da nação) vê-se a morte de uma língua também como a morte de uma cultura; mas através da biologização da cultura incorre-se de novo na des-agentização dos grupos sociais que se constituem em e por essa cultura. Este discurso biolinguístico, esta representação biofuncional da fala, tem como correlato, por suposto, que o grau de intervenção técnica sobre o objecto orgânico está em função das necessidades de controlo e apropriação material por parte dos expertos dirigentes. Não por coincidência, por exemplo, a morte recente (o 7 de Outubro de 1992) do derradeiro falante da língua caucásica ubhyk, Tevfik Esenc, foi acompanhada por uma intensa pescuda, durante os últimos meses da sua vida, das características morfológicas, fonéticas e sintácticas (é dizer, orgânicas) da língua em questão, ao qual o informante se prestou solicitamente (Haspelmath 1993). No vertiginoso desenvolvimento da ciência, as antigas unidades mínimas de análise vão cedendo perante o «descobrimento» (em verdade a construção) de unidades ainda mais miúdas, de âmbito antes impensável. Assim, o átomo, o gene ou o morfema, nas respectivas compartimentações física, biológica ou linguística da realidade, dão passo às unidades significativas mínimas da partícula subatómica, a cadeia de ADN e o til ortográfico; todas elas compartilham já o privilégio da indescomponibilidade que lhes confere o serem em si. Destarte, a dimensão aplicada da ciência consiste na intervenção cada vez mais obsessivamente detalhada sobre a sintaxe da matéria e os seus símbolos. A fissão nuclear, a construção de circuitos super-condutores de grossura atómica, a manipulação genética baseada na colossal descrição sintáctica do Projecto Genoma, ou a segmentação e disciplinamento correctivo dos acentos e outras unidades gráficas nas normativas linguísticas, são exemplos (cuja simultaneidade convoca à especulação teórica) do poder transformador dos grupos de expertos dirigentes nas sociedades estatalizadas. A representação biolinguística como discurso e a tecnificação biolinguística como prática são os dous instrumentos fundamentais que regem a constituição de uma colectividade histórica em centro neurálgico estatificado (linguisticamente institucionalizado) desde o qual continuar a administrar a expropriação da matéria --quer dizer, o capitalismo, agora na sua «fase ecológica» (Escobar 1993)--. Como as cargas genéticas dos indivíduos, a língua estândar é concebida também como «recurso», e isto tanto desde os «discursos de igualdade» comentados por Aracil (1986), que vêem na educação democrática a garantia da «igualdade de oportunidades», como desde posições críticas essencialmente economicistas (Baudrillard 1981; Bourdieu 1977, 1982). Entanto o construto regulado da língua se constitui ademais em salvaguarda simbólica de uma «identidade» superestrutural que só mascara o projecto estatalizador das instituições, as práticas da fala ou da escrita tornam-se índices de outridade, marcadores visíveis daqueles sujeitos falantes ou escreventes susceptíveis de intervenção disciplinária. Neste senso, a engenharia linguística correctiva tem acadado já altos níveis de precisão nos laboratórios de assessoramento e intervenção linguística das instituições ratificadas (a administração pública) ou consensuadas (as editoriais). Numas e noutras, os técnicos legítimos aplicam sobre os textos alheios as técnicas de confirmada efectividade de extirpação de acentos, hifens e grafias com um mimetismo que conota inquietantemente a clitoritomia sistemática ou a manipulação eugénica das cadeias de ADN nos indivíduos racialmente diferentes. Pois ao se converter a diferença em doença ou desviamento, o criador original desse texto cirurgicamente intervido (como o possuidor desse corpo sintacticamente anómalo) fica relegado ao território estigmatizado da nova anormalidade, esvaziado de poder discursivo transformador, violado na sua singularidade, encadeado à lógica dominante da produção-reprodução material e simbólica. Com efeito, no complexo tecnolinguístico da intervenção sobre a fala, a biotecnolinguística ou tecnologia linguística purificadora (isto é, a intervenção deliberada para acadar a «normalidade») situa-se no plano da aplicação das teorizações (rapidamente cambiantes) sobre a realidade da «língua», e está encaminhada à consecução do progresso. As tecnologias linguísticas planificadoras encaixam perfeitamente dentro do que se tem chamado a «flecha da tecnologia», que conduz desde o âmbito supostamente neutral da «ciência básica» até ao âmbito social e material:
Este labor purificador está intimamente ligado a interesses das classes que tentam fixar uma nova normalidade de práticas dentro de um determinado paradigma discursivo (chamado por Sanmartín «a superideologia da modernidade», 1992:231-232): quer dizer, o paradigma da efi-ciência, ou ciência eficiente (incluindo a linguística), baseada nos ideais modernos chave de uniformidade e concentração. A concentração de recursos e técnicas está estreitamente vinculada à necessidade do seu controlo por parte das elites dirigentes; e a procura da uniformidade (a unificação da língua e a «unificação do mercado linguístico» através do estândar, como o teorizara Bourdieu, 1982) é sem dúvida o sustento (polo menos, argumental) sobre o qual traçar a linha da normalidade que rege a categorização e ulterior estigmatização dos indivíduos e grupos desviantes. Ao cabo, do ponto de vista que se tem chamado «tecno-optimismo» (Sanmartín 1992), a estigmatização e marginalização dos indivíduos e grupos que desentoam da nova normalidade não seria mais do que um risco ou possível «efeito negativo secundário» que, junto com os «efeitos positivos primários», as elites políticas e técnicas deveriam sopesar:
Tal é na actualidade, com variações, a visão
biotecnolinguística dominante, e dificilmente poderá oferecer-se uma visão alternativa
sem implosionarmos aquela, isto é, sem questionarmos os próprios princípios de
racionalidade moderna que ligam inextricavelmente a uniformidade linguística e a
concentração de capital simbólico no padrão com a «eficácia» da produção
cultural. O fracasso da sociolinguística Poderia-se pensar que a metáfora sociolinguística oferece uma alternativa discursiva à visão bio-social, fundamentalmente tecnificada e utilitária da fala. De feito, o que semelham ser focagens sociolinguísticas subjazem aos discursos reivindicativos de identidade. É assim como num primeiro momento o construto central «diglossia» operou como um importante instrumento de resistência frente ao bilinguismo darwinista, bio-social, que contemplava (e contempla) o que darei em chamar a glotodiversidade [2] como outro domínio mais sujeito às leis de demanda e da oferta do mercado natural. Porém, observa-se em certos discursos sociolinguísticos supostamente oposicionistas a persistência dos dous traços definidores dos discursos biolinguísticos: a personificação da língua, e a centralização de uma só noção mal que bem teorizada, esta vez a de «diglossia». Este feito reflecte claramente o êxito dos mecanismos hegemónicos de construção do saber e, paralelamente, o fracasso de qualquer projecto alternativo que não questione a própria lógica de produção simbólica e a posição estrutural dos grupos geradores de discurso dentro desta lógica. Por exemplo, em visível semelhança com a táctica dos discursos ecoliberais de culpabilizarem as próprias hordas de campesinhos despossuídos de contribuírem para a deforestação amazónica, a estendida noção do «auto-ódio», que levaria as populações despossuídas a praticarem a assimilação linguística (isto é, à deforestação da língua nativa), é sem dúvida uma das mais nocivas entre as geradas polas elites intermediárias de saber, por deslocar o centro de possível causalidade do processo de assimilação desde a necessidade até à ideologia ou mesmo até à vontade. Mas, na verdade, o fracasso da sociolinguística programática em
oferecer visões alternativas [3] não poderia ter
sido doutro jeito, dado que um mesmo tipo de concepção biológica da sociedade
(portanto, uma concepção bio-sociolinguística) domina amplamente o sentido
comum, e, de novo, desde o paradigma científico dificilmente poderiam traduzir as elites
de saber este sentido comum em discursos técnicos que podam contradizer a visão diária
das cousas sem estas elites estarem seriamente dispostas a afrontar a esquizofrenia.
Assim, vêem-se os sujeitos como «membros» de um «corpo» social cuja língua «luta»
contra a «glotofagia» (como o expressara o tão citado Calvet, 1974), é dizer, contra ser «devorada» por outra
«língua», em verdade a máxima metáfora orgânica ainda encontrada. Em
consequência, a procura da normalidade de um grupo acarretará, primeiro, o combate
contra a extinção maciça e, progressivamente, a conquista de novos territórios para a
fala, nutrida já por modernas e variadas dietas de neologismos e por alimentos léxicos
tradicionais que só os mais velhos do povo ou manada sabem onde encontrar, que não atopar. Uma visão ecolinguística Frente ao evidente escoramento e limitações da biolinguística tecnificada e frente ao fracasso da (bio)sociolinguística programática, precisamos de um novo paradigma que recupere a agencialidade humana através da linguagem. Em poucas palavras: precisamos de um paradigma ecolinguístico desde onde podermos ré-situar a diversidade da fala como instrumento mediador ao serviço do sujeito no seu esforço histórico transformador do entorno eco-social. Esta proposta ecolinguística convoca em primeiro lugar a desenharmos uma nova geografia do passado e narrativa do presente da fala (ou, se se quer, uma nova topografia histórica), de centros locais e variáveis e, portanto, basicamente a-geométrica. Cumpre, por uma parte, uma compreensão e avaliação crítica das tácticas e sistemas locais de troco ecolinguístico, isto é, dos «domínios» da sociolinguística clássica mais a dimensão de produção material e social que acompanha a própria produção do signo. A compreensão deste âmbito micrológico deverá operar tanto no nível da elaboração de descrições técnicas necessárias para a acção social como no nível da cosmovisão e prática diária; deste ponto de observação, trataria-se de privilegiar aquelas formas de glotodiversidade conectadas à transformação tradicional da matéria, à canalização tradicional do social, e à produção cultural tradicional, como instrumentos de ancoragem histórica. Paralelamente, cumpre caminhar cara a uma ré-territorialização ecolinguística global, a uma ré-visão do Norte e o Sul geográficos e ecológicos, em relação oposicional com os centros dominantes actuais e em contraste com as teorizações geográficas hegemónicas. Por suposto, reinscrever-se naquele âmbito ecolinguístico natural onde as formas de fala jogam papeis semelhantes na mediação entre o sujeito, o entorno e a matéria, supõe uma séria superação da geografia política vigente: supõe ré-situar-se, em primeiro lugar, no ponto menos privilegiado do território simbólico Norte-Sul, deconstruindo a ocidentalidade atlântica e reconstruindo-a em meridionalidade simbólica desde a qual podermos exercer a gestão da fala sem cumplicidade com o Capital tecnolinguístico. Dentro deste objectivo reterritorializador, cumpre assim mesmo revalorizar o poder generativo da migração: a humana, mas também a linguística. A segunda é necessária porque só na imigração de palavras, fórmulas, tácticas e protocolos discursivos doutros âmbitos ecolinguisticamente afins poderão ser recuperadas as raízes históricas agora soterradas baixo a racionalidade dos discursos estatalistas. Quanto à migração humana, é necessária não só porque o movimento de pessoas e grupos para o Norte geográfico é crescente e imediato, senão porque são estes grupos e pessoas os verdadeiros portadores, transmissores e enriquecedores da palavra. Por último, a alternativa ecolinguística passa por uma descentralização e autogestão das técnicas e tecnologias de intervenção (se se quer, a sua eco-socialização), focando de maneira crítica o actual «regime sociotécnico» (Winner 1992:294) específico da intervenção sobre a língua. Como aponta Winner,
Isto é: trata-se, obviamente, de questionar também os actuais mecanismos de construção de saber-poder tecnolinguístico nas sociedades estatalizadas. A penetração em novos territórios reais e simbólicos deverá incluir não só a expansão das formas discursivas próprias, mas também a geração de novas formas de falar da fala, novas teorizações que tendam a reduzir o imenso abismo entre os construtos teóricos dominantes e as práticas discursivas observáveis.[5] E, simultaneamente, cumpre avaliar com ânimo crítico o próprio processo da geração destes novos discursos (incluindo o papel estrutural dos seus geradores): a que pressupostos respondem estas teorizações, como se articulam com o sentido comum sobre a língua, que interesses beneficiam, e em que medida servem ou obstruem o amplo projecto da emancipação humana. Em definitiva, o repto consiste em desenhar um desenvolvimento ecolinguístico sustenível baseado numa nova (auto)gestão da glotodiversidade. Contra a lógica do máximo benefício (a efi-ciência linguística) que rege a alarmante redução da glotodiversidade e a substituição sistemática do historicamente nativo por novas formas linguísticas altamente produtivas, urge recuperar a criatividade produtiva da variedade, e reclamar o uso e desfrute dos recursos e úteis linguísticos em base a necessidades autogeradas, ainda que nem sempre os benefícios a longo prazo podam ser reconhecíveis inicialmente. Por cair em duas únicas e últimas metáforas personificadoras, uma meta imediata do projecto ecolinguístico é que a palavra se libere do paradoxo de ser abatida por si mesma, o paradoxo do carvalho milenário abatido por machetas com cabo de carvalho. Melhor ainda, e evitando estas personificações, o objectivo é que, como mínimo, os próprios grupos sociais falantes e escreventes --particularmente os que ocuparem posições subalternas dentro do espaço ecolinguístico global-- reflexionem e reflexionemos criticamente sobre este imprático costume de periferizar-nos e exterminar-nos mutuamente: que questionemos, com sentido de responsabilidade histórica, esta perigosa prática actual de asfixiar a glotodiversidade sem avaliar aonde pode conduzir nem saber que interesses se estão apoiando realmente.
[*] Agradeço os comentários a este texto feitos por Luzia Domínguez Seco e Mário Herrero Valeiro. [1] «Precisamente, labor de las instituciones políticas es crear los cauces para que efectos primarios positivos y efectos secundarios negativos se distribuyan socialmente. Dependerá del régimen político quiénes sean los destinatarios principales de unos y otros». Todas as traduções são minhas. [2] A noção de glotodiversidade inclui componentes da «heteroglossia» ou diversidade de vozes bakhtiniana (Bakhtin 1981), e da «etoglossia» ou «poder expressivo social de uma língua» de Cobarrubias (1986). É, neste senso, mais dinâmica do que a noção sociolinguística de «variação», que pode remeter só a um paradigma estrutural. Mas com gloto-diversidade enfatiza-se ademais o potencial mediador da variação no mantimento, enriquecimento e transformação dos sistemas ecolinguísticos. [3] Desde uma formulação meramente descritiva, o trabalho de Haugen sobre «A ecologia da língua» («The ecology of language», 1972) não deixa de apresentar, apesar do seu prometedor título, uma visão puramente sociolinguística. A ecologia da língua define-se como «o estudo das interacções entre uma língua dada e o seu entorno» («the study of interactions between any given language and its environment», :325), privilegiando-se assim o construto da «língua» sobre a prática da fala. O que o autor chama «classificações ecológicas das línguas» (:332), como a de diglossia, são com efeito classificações sociolinguísticas. De novo, agentiza-se a língua e ignora-se o papel social do sujeito falante. Ademais, a «ecologia» de Haugen limita-se ao campo da produção de saber sobre a língua, sem adiantar uma proposta de acção ecolinguística encaminhada à gestão da glotodiversidade. [4] «...los sistemas sociotécnicos constan de regímenes con características que pueden ser descritas en términos políticos. Tiene perfecto sentido hablar sobre la libertad o la falta de ésta, la igualdad o la desigualdad, el autoritarismo o la democracia, así como de las clases de relaciones de poder que existen en el seno de un sistema tecnológico». [5] Logicamente, qualquer teorização pode acarretar a sua aplicação ulterior por meio de técnicas e tecnologias. Cumpre avaliar o alcance e possível impacto das teorizações, deslindar as técnicas aplicáveis e as não aplicáveis (e avaliar por que o são), evitando a aplicação mimética de uma técnica de intervenção linguística determinada (uma fórmula morfológica ou ortográfica) simplesmente porque o fenômeno subjacente «foi descoberto» e a técnica correctiva «está aí» para ser experimentada.
Aracil, Lluis V. 1986. «Lengua nacional»: ¿Una crisis sin crítica? Em José Ignacio Ruiz Olabuenaga e José Agustín Ozamiz, eds. Sociología de las lenguas minorizadas. Martutate: Ttarttalo, 443-458. Bakhtin, Mikhail M. 1981. Discourse in the novel. Em The dialogic imagination. Austin: University of Texas Press, 259-422. Baudrillard, Jean. 1981. For a critique of the political economy of the sign. St. Louis: Telos Press. Bourdieu, Pierre. 1977. The economics of linguistic exchanges. Social Science Information 16.6, 645-668. Bourdieu, Pierre. 1982. Ce que parler veut dire. Paris: Fayard. Calvet, Louis-Jean. 1974. Linguistique et colonialisme: Petit traîté de glottophagie. Paris: Payot. Cobarrubias, Juan G. 1986. Status de las lenguas minorizadas. Em José Ignacio Ruiz Olabuenaga e José Agustín Ozamiz, eds. Sociología de las lenguas minorizadas. Martutate: Ttarttalo, 185-190. Escobar, Arturo. 1993. El desarrollo sostenible: diálogo de discursos. Ponência apresentada no curso La formación del futuro: necesidad de un compromiso con el desarrollo sostenible, Universidad Complutense de Madrid, 23-27 de Agosto, 1993. Haspelmath, Martin. 1993. In memoriam: Ubykh (Tevfik Esenc). Colaboração enviada à lista electrónica LINGUIST, 9-Junho-1993. Haugen, Einar. 1972. The ecology of language. Em The ecology of language. Stanford: Stanford University Press, 325-339. Sanmartín, José. 1992. Ingeniería genética humana: Evaluación y percepción pública de las tecnologías genéticas. Em José Sanmartín, Stephen H. Cutcliffe, Steven L. Goldman e Manuel Medina, eds. Estudios sobre sociedad y tecnología. Barcelona: Anthropos, 224-265. Winner, Langdon. 1992. La carrera tecnológica y la cultura política. Em José Sanmartín, Stephen H. Cutcliffe, Steven L. Goldman e Manuel Medina, eds. Estudios sobre sociedad y tecnología. Barcelona: Anthropos, 287-301. |
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